Eu aprendi que a coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não tem medo, mas aquele que conquista por cima do medo. Nelson Mandela
Em tempos de pandemia, quarentena, recessão mundial da economia, proliferação de fake news, desinfodemia, entre outros desafios, parece que a coragem necessária para continuar deveria ser tema na reflexão diária.
A palavra vem do latim cor que significa coração. Daí o porquê de os romanos considerarem que a coragem tem mais a ver com o coração do que com a razão. É uma força da alma, é uma energia física e moral. Não é ausência de medo, mas agir a despeito de estar tomado por ele. É uma virtude que nos tira da inércia mesmo quando estamos diante de dificuldades e de perigos inomináveis. É o impulso que nos leva a enfrentar tais dificuldades e tais perigos com perseverança e hombridade, colocando em defesa ou em busca do verdadeiro correto, ético e moral.
A coragem forma, junto com a prudência, a temperança e a justiça, o conjunto das 4 virtudes cardeais da Antiguidade e da Idade Média. Ela parece ser a mais admirada do mundo.
Quem não admira a coragem de Sócrates que humildemente se submete à sentença de morte que lhe foi imposta por seus concidadãos? A coragem de Gandhi, de Madre Tereza de Calcutá, de Giovani Bruno, de Joana D” Arc, e outros tantos? Recentemente a ginasta Simone Biles desistiu de disputar a final individual geral de ginástica artística na Olimpíada de Tóquio, optou por cuidar do seu bem-estar emocional.
Teriam eles sentido medo? Provavelmente, sim. Mas essa coragem virtuosa não pressupõe a ausência do medo, mas a capacidade de superá-lo. É uma coragem diferente que às vezes é exibida em filmes, em que o herói, fisicamente forte, elimina seus adversários em nome da justiça, mas é a coragem da abnegação, da simplicidade, movida pelo desejo de ajudar a si próprio e ao próximo.
Funciona como uma certeza interior que nos faz caminhar, superar obstáculos, cruzando mares e desertos, subindo montanhas, atravessando rios…. realizando sonhos.
Diz o filósofo francês André Comte-Spoville em seu Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, a coragem é decisão e não saber. Estamos vivendo tempos que pedem coragem e que em vários momentos nos deparamos com a preguiça. Preferimos não agir ou fugir, mas é preciso a virtude da coragem para enfrentar e continuar.
O sucesso não é o final; fracasso não é fatal. O que conta é a coragem para seguir em frente. Winston Churchill
Tudo que se faz nesta vida exige, antes de tudo coragem. É preciso ser corajoso para começar um empreendimento, para iniciar um projeto, para se envolver em um novo relacionamento, para buscar outro emprego, para comprar um imóvel, para mudar de casa, para ministrar uma palestra para um grande público, para encarar a intensa preparação para ser aprovado em um concurso… Enfim, há que ter coragem para enfrentar os incontáveis momentos de tensão que antecedem as grandes conquistas.
Corajosa é a pessoa que age mesmo quando sente aquele frio na barriga, aquela queimação no peito e aquela ardência no coração, que bate forte, querendo sair pela boca. O corajoso é aquele que se recusa a desistir, mesmo quando todos os outros já retornaram para o conforto de casa.
As dificuldades surgem exatamente para demonstrar para nós o quão corajosos somos, nunca para nos derrubar.
A ciência, a tecnologia, não existiriam se não existissem homens e mulheres destemidos. Podemos concluir dizendo que a coragem é a nossa vontade determinada, seja para enfrentar o perigo, o sofrimento, ou a morte.
E para você o que é a coragem? Imagino que vários filmes estão passando em sua mente e fazendo com que você lembre o tanto de situações superadas e vencidas. E se quiser aprofundar o tema .
Livros: Amor para corajosos – Pondé
– A coragem de ser imperfeito – Brené Brow
– Coragem é agir com o coração – Fred Elboni
– A coragem de ser feliz – Ichiro Kishimi
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Rosemary Lomelino